Vida de ex-secretário é salva por agropecuarista que vê seu carro cair em rio
O 7 de Setembro de 2017 vai ficar marcado na memória do ex-secretário de administração da prefeitura de Pinhal Grande, Ruy Rubin, 66 anos. e o motivo nada tem a ver com as comemorações da Pátria. Por volta das 16h, ele dirigia seu Fiesta Sedan pela RS-149, em São João do Polêsine, quando o veículo caiu no Rio Soturno e ficou submerso.
A história só não terminou em tragédia porque um agropecuarista, que vinha em um carro logo atrás de Rubin, viu a cena e não pensou duas vezes: entrou no rio para salvar o idoso.
Na manhã desta sexta-feira, Rubin conversou com a reportagem do Diário por telefone e contou como aconteceu o acidente.
– Eu voltava de Santa Maria para Pinhal e comecei a sentir muito sono. Quando passei por Polêsine, pensei: vou fazer uma pausa em Faxinal para poder seguir viagem. Depois disso, apaguei, e só lembro da hora em que abri os olhos e vi o carro caindo no rio – contou o ex-secretário.
Ao ver a cena, o agropecuarista João Alberto Marzari, 53 anos, parou sua caminhonete e entrou no Rio Soturno na tentativa de salvar Rubin.
– Eu larguei tudo e entrei no rio. Na hora, não dá tempo de pensar, é muito rápido. Umas pessoas também tentaram ajudar, mas não conseguíamos quebrar os vidros. Foi quando eu pensei em pegar uma pedra e quebrei o teto solar do carro. Se não fosse essa pedra, eu não sei o que teria acontecido – contou Marzari.
Emocionado, o ex-secretário, que não sabe nadar, atribui a salvação a sua fé. Segundo ele, quando conseguiu sair do veículo, percebeu que ainda tinha o terço de orações nas mãos.
– Sempre que viajo sozinho vou rezando o terço. Quando me salvaram, eu olhei para minhas mãos e vi que ainda segurava o terço. Foi Deus quem mandou essas pessoas. Eles foram anjos que me salvaram.
Depois de tirar a vítima da água, Marzari aguardou a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e dos Bombeiros Voluntários de Faxinal do Soturno, que fizeram a remoção do veículo.
Rubin chegou a ser atendido em São João do Polêsine, mas foi liberado porque não tinha ferimentos.
