‘Vai pagar’, diz mãe após condenação de acusado de estuprar e matar filha
No dia seguinte ao julgamento que condenou a 30 anos de prisão o acusado de roubar, estuprar e matar uma adolescente de 15 anos em Santa Cruz do Sul, a mãe da jovem falou sobre o caso. Deivid Stein de Oliveira foi julgado por júri popular na quarta-feira (18) pelo crime, que ocorreu em dezembro de 2012, quando ele tinha 24 anos.
“É um sentimento de alívio, de alegria porque ele vai pagar pelo mal que fez a nossa família. É um alívio mesmo ter tido a pena máxima pra ele”, diz Silvani Sulzbacher, mãe da vítima Ana Paula Sulzbacher, que prestou depoimento durante o julgamento.
“Foi uma mistura né? De nervosismo, raiva, por ter que ficar frente a frente com ele sabendo do que ele fez, é uma mistura de sentimentos, não dá pra descrever. Eu estava muito nervosa, mas graças a Deus terminou tudo bem”, lembra ela.
O julgamento teve início pela manhã, e se estendeu até depois das 21h. No início, houve 45 minutos de atraso porque o réu ficou trancado na cela do fórum. A chave emperrou e ele só pode ser liberado depois da chegada de um chaveiro.
Entre as testemunhas ouvidas estavam, além de Silvani, dois delegados e um inspetor da Polícia Civil. O réu depôs por volta das 16h. Mais tarde, a defesa e a acusação deram seus pareceres.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, na noite do dia 14 de dezembro a vítima teria sido atraída pelo acusado do crime, Deivid Stein de Oliveira, na época com 24 anos. Ele teria oferecido bebida alcoólica, estuprado a jovem e depois a atirou do alto do Morro da Cruz, ponto turístico da cidade, com cerca de 40 metros de altura.
O corpo da jovem só foi encontrado três dias depois por moradores da região. Conforme o laudo pericial, Ana Paula Sulzbach possuía a álcool etílico no sangue, além de lesões nos órgãos sexuais e choque hemorrágico, devido a politraumatismo causado pela queda.
O acusado está preso desde janeiro de 2014 no Presídio Estadual de Sobradinho, e foi julgado por um júri composto por sete pessoas da comunidade. Ele foi condenado a 30 anos de reclusão, em regime inicial fechado.
Ele respondeu pelos crimes de homicídio qualificado, além dos crimes conexos de estupro, furto e entrega de bebida alcoólica a menor, sendo absolvido do último delito.
“É muito difícil passar dia das mães, dia dos pais, aniversário. Datas assim. Mas a lembramnça dela é de uma menina feliz, alegre. A gente lembra dela assim. Mas dói. Essa dor vai pro resto da nossa vida. Vamos carregar isso pro resto da vida”, lembra a mãe de Ana Paula.
Do G1 RS