Polícia fecha fábrica clandestina de cigarro em Agudo

A Polícia Civil descobriu e fechou uma fábrica clandestina de cigarros que produzia até 150 mil maços por dia dentro de uma propriedade rural em Agudo. Uma arrozeira era usada como fachada para o esquema criminoso. Até o começo da manhã desta quarta-feira, dia 22, 9 pessoas foram presas.
De acordo com a Polícia Civil, do total de presos, sete são paraguaios. A investigação indica que eles eram submetidos, no local, a trabalho análogo ao de escravidão – suspeita que ainda deve ser esclarecida.
O oitavo preso seria o dono da propriedade rural. Questionado pela polícia sobre o espaço e a respeito de como os paraguaios foram levados até lá, ele permaneceu em silêncio. Além disso, os policiais encontraram com ele uma arma de fogo – ele não tem permissão para uso do armamento e deve responder por porte ilegal.
Todos os presos devem responder por organização criminosa e fabricar e vender produto impróprio para consumo.
Segundo a Polícia Civil, após três meses de investigação, foi descoberto que a propriedade rural, que oficialmente opera como uma beneficiadora de arroz, era usada como fachada para a produção dos cigarros – um esquema que rendia até R$ 300 mil para criminosos.
Os cigarros são das marcas paraguaias 51 e Egipt. Eles eram produzidos para venda no Brasil.
O caso começou a ser investigado após denúncias. Ao monitorar a arrozeira, a polícia percebeu que veículos que chegaram à propriedade estavam em nomes de pessoas suspeitas de ter envolvimento com contrabando e tráfico de drogas.
A propriedade rural teria sido escolhida pelos criminosos também pela localização estratégica, de acordo com a polícia: fica distante cerca de 10 quilômetros da RS-287, rodovia estadual que liga Santa Maria a Porto Alegre, e é próxima ao Rio Jacuí, por onde a mercadoria ilegal pode ser levada até a capital por meio de barcos.
Fonte: G1