O julgamento do caso Bernardo está acontecendo em Três Passos

Sessão teve início as 9h e 30min da segunda-feira,11, no Fórum de Três Passos, no Noroeste Gaúcho.
O pai Leandro Boldrini e a madrasta Graciele Ugulini são réus no caso, ao lado de Edelvânia e Evandro Wirganovicz. A cidade, que não conseguiu atender os apelos de Bernardo, aguarda pelo desfecho do caso, numa mistura de clamor por justiça, expectativa e tensão.
Para evitar tumulto no entorno do Fórum — como na audiência, em que áudios com gritos de Bernardo foram reproduzidos em carro de som — está proibida a aglomeração de pessoas nas proximidades e esse tipo de emissão de áudio.
Além do efetivo local da Polícia Militar, o Batalhão de Polícia de Choque de Santa Maria realizará segurança no entorno e controle do trânsito. Equipes do Tribunal de Justiça e da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) também estão encarregados de proteger os envolvidos no julgamento.
A sessão exigiu alterações no Fórum, que manterá somente expediente interno de 11 a 18 de março. Os prazos processuais foram suspensos. A sala do júri, no segundo andar, foi adaptada. Teve acréscimo de 20 cadeiras, para receber 70 pessoas. Também foi preciso colocar mesa extra e cadeiras para a defesa dos quatro réus.
Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, desapareceu em 4 de abril de 2014, em Três Passos, noroeste do Estado. O corpo foi encontrado dez dias depois em um matagal de Frederico Westphalen, 80 km de distância. O crime chocou o Rio Grande do Sul e o país.
Segundo a investigação, o menino foi morto com uma superdosagem da medicação midazolam, aplicada pela madrasta Graciela Ugulini.