Ex-padre é condenado por estupro de vulnerável em Caçapava do Sul
O ex-padre João Marcos Porto Maciel, conhecido como Dom Marcos de Santa Helena, foi condenado, nesta quarta-feira (23), a 20 anos de prisão em regime fechado por estupro de vulnerável. Ele é ex-membro das igrejas Católica e Anglicana.
A decisão é do Juiz de Direito Leonardo Bofill Vanoni, da 2ª Vara da Comarca de Caçapava do Sul. O réu, que está preso, não poderá recorrer em liberdade. O processo tramita em segredo de Justiça.
O crime ocorreu em Caçapava do Sul, entre os anos de 2007 e 2010. O caso veio à tona através de um livro escrito por uma vítima, que na época tinha 12 anos, que descreveu os abusos sofridos em Minas Gerais, quando participava de um coral regido pelo acusado. Durante a investigação policial, foram localizadas outras três vítimas, de diferentes cidades.
O acusado costumava ganhar a confiança dos jovens e de suas famílias, fazendo com que aqueles gradativamente aumentassem o tempo de estudos de música sob sua supervisão. “O próprio réu, em seu interrogatório, confirma praticamente todos os fatos narrados pelas vítimas, apenas negando a prática dos abusos sexuais, o que é natural”, disse o magistrado.
Em 2015, o padre foi indiciado por curandeirismo e estelionato, além de estupro de vulneráveis e posse irregular de armas. O caso mais antigo relatado à polícia teria ocorrido entre os anos de 1961 e 1964 em Santana da Boa Vista, município vizinho a Caçapava.
A vítima, na época coroinha de sete anos, e hoje com 66, diz ter ficado traumatizada até os 30 anos, quando passou a conseguir ter as primeiras relações sexuais. O crime prescreveu, assim como o de outro homem que relatou abusos à polícia e que, hoje, aos 42 anos, está internado para tratamento psiquiátrico após ter passado por diversas clínicas desde que teria sofrido estupros em Novo Hamburgo.
Com informações da rádio Gaúcha