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Violência diminui em escolas do RS, mas casos de agressão ainda causam preocupação a educadores

Foto: Divulgação.

A violência nas escolas estaduais do Rio Grande do Sul preocupa as autoridades de educação e de segurança. Mesmo que os índices da maioria das ocorrências tenham apresentado queda, a prevalência de agressões entre os próprios alunos ainda mobiliza os educadores.

De acordo com levantamento divulgado pela Comissão de Prevenção a Acidentes e à Violência Escolar (Cipave), todas as ocorrências, exceto o tráfico de drogas no entorno das escolas, apresentaram redução, comparando o primeiro semestre de 2017 com o mesmo período deste ano.

A pasta aposta em um convênio, firmado esta semana com a Brigada Militar, para reduzir ainda mais os índices de violência escolar. Conforme a coordenadora da Cipave, Luciane Manfro, a Brigada ganhou uma senha para consultar qualquer tipo de dado de violência no site da comissão, alimentado pelas 2,4 mil escolas que aderiram ao programa.

“Isso é fundamental para elaborar estratégias de combate à violência”, afirma Luciane. “Em cima dos números, a Brigada Militar poderá focar na questão da drogadição, dos furtos e dos arrombamentos nas escolas, sempre através do policiamento comunitário”, diz.

Mais de 3 mil agressões entre alunos até agora

As agressões físicas entre os alunos estão entre os tipos de violência que mais preocupam professores da rede pública. Os mais de 3 mil casos apontados pela Cipave são um alerta para a comunidade escolar.

Em uma escola de Porto Alegre, a diretora Tania Silveira está atenta aos problemas registrados entre os seus estudantes. “Começa na sala de aula, às vezes no recreio e evolui muitas vezes para frente da escola, onde há verdadeiros tumultos”, diz.

Ela explica ainda que cada contexto particular é avaliado. “A gente também tem que ter um olhar sobre a situação familiar de cada um, porque muitas vezes essa agressividade é a falta de acompanhamento de uma família”, avalia. “[A escola] é o único lugar que eles têm atenção. Entre os colegas, professores e direção da escola”, aponta a diretora.

Redução de 18%

Segundo o último levantamento da Cipave, com base em informações de 986 escolas, houve redução no número de casos de violência: foram 19.590 nos primeiros seis meses deste ano, em relação aos 23.870 do mesmo período do ano passado. Confira abaixo os números. As informações são do G1.

Violência em escolas do RS

2º semestre 2017 1º semestre 2018
Bullying 2.860 2.118
Depredações, pichações e vandalismo 1.049 855
Assaltos na entrada ou saída da escola 250 232
Agressão verbal a professores, funcionários ou direção 3.121 2.321
Arrombamentos e/ou furtos 282 272
Agressão física a professores, funcionários ou direção 165 137
Racismo 1.194 175
Violência física entre alunos 3.632 3.027
Tráfico, posse ou uso de drogas 328 335
Acidentes de trânsito no entorno da escola 119 64
Indisciplina 10.870 8.686

2º semestre 2017 | 1º semestre 2018

  • Bullying

2860 | 2118

  • Depredações, pichações e vandalismo

1049 | 855

  • Assaltos na entrada ou saída da escola

250 | 232

  • Agressão verbal a professores, funcionários ou direção

3121 | 2321

  • Arrombamentos e/ou furtos

282 | 272

  • Agressão física a professores, funcionários ou direção

165 | 137

  • Racismo

1194 | 175

  • Violência física entre alunos

3632 | 3027

  • Tráfico, posse ou uso de drogas

328 | 335

  • Acidentes de Transito no entorno da escola

119 | 64

  • Indisciplina

10870 | 8686

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