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Temer critica ocupações e sugere que alunos nem sabem o que é uma PEC

Temer critica ocupações e sugere que alunos nem sabem o que é uma PEC
08.11.2016 14h12  /  Postado por: upside

O presidente Michel Temer criticou nesta terça-feira (8) o movimento de ocupações de escolas públicas contra a reforma do ensino médio, que prevê a flexibilização do percurso do estudante. O movimento, que chega a 176 campi de universidades, segundo a página Ocupa Tudo, no Facebook, também é contra as propostas de emenda constitucional para limitar gastos, que tramitam no Congresso Nacional e foram enviadas por Temer.Nesta sexta-feira (11), está marcado o ato Dia Nacional de Parar Tudo e Ir pra Rua convocado para todo o Brasil. Dia 29 de novembro está sendo chamado outro ato, o Ocupar Brasília, mesmo dia em que é prevista a votação em 1º turno da PEC 55, nome que ganhou a PEC 241, aprovada na Câmara e primeiro texto enviado pelo governo federal à Casa. Em discurso a uma plateia de empresários e executivos, o peemedebista afirmou que as pessoas precisam aprender a respeitar as instituições e que, ao ocupar prédios públicos, utilizam o argumento físico em vez do intelectual ou verbal.”Nós precisamos aprender no país a respeitar as instituições e o que menos se faz hoje é respeitar as instituições. Isso cria problemas e o direito existe exatamente para regular as relações sociais. Hoje, ao invés do argumento intelectual e verbal, usa-se o argumento físico. Vai e ocupa não sei o quê e bota pneu velho em estrada para impedir trânsito”, disse.O peemedebista ainda ironizou o desconhecimento sobre a proposta elaborada pelo governo federal que altera o modelo de educação aplicado na etapa do ensino básico. “(Pergunto) você sabe o que é uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional)? É uma Proposta de Ensino Comercial. Estou dando um exemplo geral de que as pessoas debatem sem discutir ou ler o texto”, disse.Segundo o peemedebista, a reformulação no ensino médio é discutida há bastante tempo e não tem como objetivo prejudicar os alunos de ensino público. Para ele, não é possível que um estudante, por exemplo, não saiba falar corretamente o português ou regras básicas da matemática. “O que a medida provisória do governo federal faz é agilizar o debate relativo ao ensino médio no País.” O presidente participou nesta terça-feira (8) do seminário Infraestrutura e Desenvolvimento do Brasil, promovido pelo jornal “Valor Econômico” e pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).Em conversas reservadas, o presidente tem demonstrado preocupação com o clima de animosidade, sobretudo contra o governo federal. Nas palavras de um assessor presidencial, os protestos vinham perdendo força desde o desfecho do processo de impeachment, mas voltaram a ganhar fôlego com o movimento de ocupação de escolas e universidades.No mês passado, o presidente ironizou também uma manifestação realizada em frente ao Palácio do Planalto contra a flexibilização de direitos trabalhistas. Em discurso a uma plateia de empresários e comerciantes, o peemedebista afirmou que aqueles que protestavam com vuvuzelas “aplaudem este grande momento do governo federal” e sugeriu que fossem oferecidos empregos aos manifestantes que estivessem desempregados.

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