Sinditabaco aguarda regras para mitigar tarifaço Trump
Com embarques cem por cento suspensos para os Estados Unidos, o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), Valmor Thesing, explica que o setor aguarda com expectativa a publicação oficial das regras de cada uma das iniciativas anunciadas pelo presidente Lula para aliviar o tarifaço dos Estados Unidos imposto às exportações brasileiras. O pacote foi transmitido ao vivo nesta quarta-feira, dia 13, em rede nacional, no horário do almoço.
Thesing espera com cautela os detalhes do plano nacional para mitigar o tarifaço de 50% imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump. O dirigente acrescenta que o Brasil exporta regularmente e historicamente, em torno de 40 milhões de quilos de tabaco para os Estados Unidos, o que representa cerca de 250 milhões de dólares.
“Até julho nós embarcamos 60% desse volume”, afirmou, destacando que os importadores daquele país não possuem condições de aquisições com a sobretaxa já vigente. “Isso torna o tabaco brasileiro não competitivo no mercado norte-americano. (Por enquanto) os 40% que faltam embarcar estão suspensos, não cancelados, aguardando uma solução diplomática entre as nações que é o que o Brasil inteiro deseja”, explicou.
De acordo com Thesing, caso o tarifaço prossiga, o setor seguirá tentando realocar o tabaco para outros destinos para a Europa e Ásia. “Mas isso é muito complexo por vários motivos”, finalizou.
Exportações
As exportações de fumo não manufaturado nacional praticamente dobraram entre julho de 2024 e 2025, passando de US$ 177,6 milhões para US$ 353,8 milhões. O incremento ocorreu em função da expansão do volume embarcado, que subiu 134,2%, chegando a 49,2 mil toneladas. A União Europeia é a maior importadora de fumo não manufaturado brasileiro, com praticamente 60% do valor exportado e do volume comercializado: US$ 208,0 milhões (+117,1%) e 28,5 mil toneladas (+58,8%). Somente mais três mercados adquiriram mais de US$ 20 milhões em fumo não manufaturado produzido no Brasil nesse mês de julho: Estados Unidos (US$ 27,2 milhões; +67,4%); Turquia (US$ 25,9 milhões; +829,5%); e Vietnã (US$ 23,2 milhões; +134,1%)
