Foram realizados no Rio Grande do Sul, no primeiro semestre deste ano, 830 transplantes de órgãos – resultado dos 142 doadores identificados no Estado –, gerando o índice de 12,6 doadores por 1 milhão de habitantes, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
No primeiro semestre deste ano, o Brasil bateu recorde de doador por milhão de população, com 1.438 doadores, 7,4% a mais do que no mesmo período de 2015. Essas doações possibilitaram a realização de 12.091 transplantes entre janeiro e julho, registrando aumento nos procedimentos de órgãos mais complexos, como pulmão, fígado e coração, de 31%, 6% e 7%, respectivamente.
Embora o País tenha avançado muito nos últimos anos, a taxa de aceitação familiar foi de 56% no primeiro semestre de 2016. No Rio Grande do Sul, a recusa das famílias está em 42%, número maior em relação ao mesmo período de 2015, quando a porcentagem era de 40%. Isso quer dizer que quase metade das famílias ainda rejeita a doação de órgãos de um parente com diagnóstico de morte encefálica.
Mesmo assim, o Brasil possui a menor taxa de recusa familiar entre os maiores países transplantadores da América do Sul: Argentina (49%), Uruguai (47%) e Chile (52%). Atualmente, 89% dos transplantes de órgãos sólidos são realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde), tornando o Brasil referência mundial no campo dostransplantes e maior sistema público do mundo.
Com o objetivo de ampliar número de doadores no País, o Ministério da Saúde lançou nesta semana, no Rio de Janeiro, uma campanha nacional de doação de órgãos. Com o slogan “Viver é uma grande conquista. Ajude mais pessoas a serem vencedoras”, a campanha é estrelada por atletas transplantados em alusão aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.