O Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) se pronunciou oficialmente, nesta terça-feira, 14, sobre as eleições para presidente da entidade. O pleito, ocorrido no sábado,11, em Lajeado, durante o 68º Congresso Tradicionalista, parou na Justiça após um empate entre as candidatas Elenir Winck, da chapa “De coração pela tradição”, e Gilda Galeazzi, do “Fazer agora”. Ambas tiveram 530 votos, mas o critério de desempate previsto no artigo 127 da instituição, que determina que o grupo com o integrante mais antigo seja declarado vencedor, levou o MTG a declarar Elenir vencedora. Gilda, então, entrou com pedido de liminar na Justiça para suspender o efeito da eleição por ter idade mais avançada que a concorrente.
O presidente da gestão anterior, Nairo Callegaro, afirmou, em entrevista coletiva na sede do MTG, em Porto Alegre, que responde pela entidade até o dia 25 de janeiro, quando uma reunião do conselho diretor decide o que fazer a partir de então. “Não gostaria de estar aqui neste momento. Já cumpri o meu papel à frente da instituição. Mas assumo até lá. Foi uma situação inusitada, que talvez não se repita. O número de votantes era ímpar, mas cinco pessoas anularam, ninguém esperava”, conta.
Com a Coletânea da Legislação Tradicionalista em mãos, publicação que baliza as atividades e reúne estatutos e regulamentos do movimento, Callegaro recorreu aos incisos 1 e 2 do artigo 118 para justificar o resultado do pleito. “A inscrição para eleição é uma nominata de candidatos que concorrem a uma cadeira no conselho diretor. Isto que é entregue na secretaria do MTG. E não o nome de um candidato à presidência”, explica, ressaltando que não tomou partido por nenhum
Nairo Callegaro ressalta que o assunto precisa ser abordado com tranquilidade e serenidade. “Temos que preservar a integridade do MTG (…) Temos duas candidatas que prestaram um grande serviço ao tradicionalismo gaúcho”, finaliza.