Polícia Federal indicia homem que se passava por médico para abusar de pacientes em Santa Maria
O delegado da Polícia Federal (PF) Diogo Caneda indiciou por violação sexual mediante fraude o servidor do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) suspeito de ter abusado sexualmente de seis gestantes. Ele foi indiciado seis vezes pelo mesmo crime, que tem pena prevista de dois a seis anos de prisão. O suspeito, que não teve o nome revelado pela Polícia Federal, foi detido no dia 21 de junho pela Brigada Militar dentro do hospital. O caso foi investigado pela PF por conta de ter sido supostamente cometido no ambiente do hospital, que é federal. Ele se passava por médico ginecologista para realizar falsos exames nas gestantes.O servidor, que é assistente do Laboratório de Análises Clínicas do Husm, está afastado das suas funções e impedido de entrar em espaços de domínio da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) foi aberto pela UFSM para avaliar a conduta dele. O servidor pode ser exonerado do cargo. O PAD já foi prorrogado três vezes. O prazo se esgota no dia 3 de março.Apesar de já ter indiciado o suspeito, o delegado Diogo Caneda ainda deve interrogá-lo na próxima semana.O indiciamento veio após a PF receber laudos periciais de equipamentos de mídia, como uma máquina fotográfica e computadores. Conforme a PF, o suspeito alegou que estava realizando uma pesquisa de mestrado na área. No entanto, a perícia não encontrou nenhum material relacionado ao tema no seu computador. Mesmo que a pesquisa fosse real, ele precisaria passar por uma comissão para conseguir a autorização. Além disso, foram encontrados muitos materiais pornográficos, mas provenientes da internet, e também foto de genitálias femininas, que não eram das seis possíveis vítimas, já que tinham datas anteriores ao fato.A PF também havia solicitado respostas ao Husm com base nos prontuários médicos das pacientes. Elas não tiveram nenhum agravamento clínico em decorrência dos abusos. O suspeito teve a sua prisão preventiva negada pela Justiça Federal, mas precisa se apresentar periodicamente na sede da Justiça para evitar uma fuga e também está impedido de entrar em locais de domínio da UFSM.
Com informações da ZH