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PM investigado por repassar dados de juíza a traficantes não será afastado

PM investigado por repassar dados de juíza a traficantes não será afastado
11.11.2016 15h12  /  Postado por: upside

O policial militar investigado por repassar dados de uma juíza para traficantes da Região Metropolitana continuará trabalhando durante o andamento das investigações. A quadrilha planejava executar a magistrada, família e policiais. Um mandado de busca foi cumprido na manhã desta sexta-feira (11) na casa do brigadiano, que forneceu todos equipamentos eletrônicos para a Polícia Civil.
Segundo o Comandante Regional do Vale do Taquari, coronel Gleider Cavalli Oliveira, como ainda não tem provas do envolvimento direto do PM no esquema, ele ainda não pode ser afastado das atividades. “Ele vai continuar trabalhando normalmente até que surja um fato novo”, explica.
No entanto, o acesso dele ao sistema consultas integradas foi cancelado. A investigação concluiu que o usuário dele foi o usado para consultar dados da juíza e familiares.
Durante depoimento à Polícia Civil e Corregedoria da Brigada Militar, o policial negou participação no esquema, mas admitiu que compartilhou a senha com outros policiais, o que também é proibido. Por isso, uma investigação paralela será realizada para apurar esse fornecimento de senhas.
Plano
A quadrilha pretendia se vingar dos policiais que prenderam mais de 120 traficantes a partir de uma megaoperação, a Clivium, realizada em junho do ano passado. Agora, o grupo, que tinha base em Gravataí, está sofrendo uma devassa financeira através de apreensão de bens e de bloqueio de contas bancárias.
A juíza atuava no município na época da investigação e concedeu aos policiais os mandados de prisão e de busca. Ela também aceitou as denúncias que viraram processos judiciais, são cerca de 40. Ela, devido às ameaças, foi transferida para outra comarca. Locais e nomes estão sendo preservados.
Presídio Central
O plano foi elaborado dentro do Presídio Central pela cúpula da quadrilha, cerca de 15 detentos. Eles são tão perigosos que as audiências judiciais ocorrem dentro da casa prisional. Um deles teve de ser transferido para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC). A polícia também tentou transferência de um dos líderes para presídio federal, mas não foi concedido. Esta organização criminosa possuía até um carro blindado com chapas de aço chamado de “caveirão“. O veículo, apreendido pela polícia, tinha espaço até para atiradores e teria sido usado para 30 assassinatos.
A investigação é dos delegados Marco Antônio de Souza, da Divisão Judiciária e de Operações, e do delegado Endrigo Marques, da Força Tarefa da Delegacia Regional de Porto Alegre. Segundo eles, esse grupo chegou a movimentar R$ 6 milhões e tem gerentes do tráfico que continuam atuando nas ruas para os líderes presos.
“Apesar da nossa ação, ainda existe risco para os alvos e por isso estamos tomando todos os cuidados“, relata Souza.
Secretário Schirmer
Sobre o PM que consultava e repassava dados pessoais para o plano de execução da juíza, o secretário da Segurança Cézar Schirmer disse que uma atitude destas é inaceitável.
“Uma vez comprovado, essa maçã podre será eliminada… Nós vamos tomar as medidas mais duras possíveis relativas ao envolvimento de qualquer agente da segurança com criminosos“, destacou o secretário.

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