Os prejuízos sentidos nas atividades agropecuárias ultrapassam a cifra dos R$ 74 milhões, segundo laudo técnico da Defesa Civil e EMATER.
Considerando que o Município de Passa Sete, através do decreto Municipal nº 2.183, de 03 de janeiro de 2022, declarou situação de emergência por ocasião do evento adverso tipificado, como ESTIAGEM; considerando que o evento adverso ocorrido, ocasionou danos humanos e ambientais em todo o município; considerando a vistoria da Coordenadoria Regional de Proteção e Defesa Civil, que consigna em seu relatório a existência de prejuízos econômicos públicos e privados, foi dado parecer favorável à homologação da situação de Emergência no Município e publicado no DOE nº 14, de hoje (20/01), páginas 9 a 14, homologando a Situação de Emergência no Município de Passa Sete em razão da estiagem que provoca prejuízos milionários no setor primário.
O decreto que declara Passa Sete em situação de emergência pelo longo período sem chuvas foi encaminhado ao Estado, após diversas reuniões e levantamentos, para avaliações dos prejuízos e a definição das ações do Governo Municipal para mitigar problemas como a dessedentação dos animais e abertura e limpeza de bebedouros e açudes nas propriedades rurais.
Segundo os técnicos que integram a força tarefa de enfrentamento à estiagem, os prejuízos na safra de grãos, na pecuária leiteira e de corte e na produção de hortifrutigranjeiros ultrapassam a cifra dos R$ 74 milhões. Conforme laudo técnico, a cultura da soja e milho foram as mais afetadas com perdas de 50% na produtividade.
O Secretário Municipal da Agricultura informou que foram abertos em torno de 150 bebedouros no meio rural e que há em torno de 20 agricultores que estão inscritos e aguardam para os próximos dias a execução dos serviços. “A falta de água para a dessedentação dos animais é muito grave. Outra preocupação é a utilização da água dos poços artesianos comunitários para os animais. Isso poderá provocar problemas no abastecimento humano”, afirmou.
O clima seco e as temperaturas altas dos últimos três meses provocaram queda na produtividade e elevação nos custos de produção. Em números avaliados nos últimos 30 dias, houve uma redução estimada de 50% na produção leiteira. Os prejuízos também estão sendo sentidos na pecuária de corte, com redução do ganho de peso corporal, baixos índices reprodutivos, repercutindo no desenvolvimento dos animais.
“A homologação é um alento à situação difícil vivida pelos nossos agricultores e para a economia do município que já sente os reflexos da crise provocada pela estiagem. De parte do Governo Municipal, tomamos todas as medidas possíveis para minimizar os efeitos da falta prolongada de chuvas. Estamos mobilizados, trabalhando junto ao agricultor e auxiliando de todas as formas para mitigar o impacto na propriedade rural”, afirmou o prefeito Mauricio.
Segundo o Coordenador da Defesa Civil de Passa Sete, Gerson Lopes, a situação de emergência do município foi reconhecida pelo Governo Federal, pois a declaração de situação anormal está em consonância com os critérios estabelecidos pela União.