MP denuncia nove pessoas pela venda de palmito impróprio no Vale do Rio Pardo
O Ministério Público denunciou à Justiça de Vera Cruz, no Vale do Rio Pardo, nove investigados pela Operação Ju$$ara 2, deflagrada em 9 de setembro. Nesse dia, o MP cumpriu mandado de prisão preventiva contra um empresário que segue recolhido no Presídio Central –, além de cinco medidas alternativas à prisão e sete de busca e apreensão nas cidades de Vale do Sol, Santa Cruz do Sul, São Leopoldo e Canoas.
Conforme as investigações, a esposa do empresário, e o filho do casal, formaram uma organização criminosa que, entre novembro de 2015 e setembro de 2016, em Vera Cruz, vendeu ou expôs à venda palmito da espécie Juçara em desacordo com as prescrições legais ou sem a respectiva classificação oficial.
Laudos de amostras coletadas na Operação apontaram que as conservas tinham pH em torno de 4, ou seja, acima do permitido. O nível de acidez torna o palmito impróprio ao consumo humano, já que esse nível de acidez pode ocasionar a proliferação da bactéria botulínica, que causa o botulismo (cuja implicação é o comprometimento progressivo do sistema nervoso e paralisia dos músculos respiratórios, o que pode levar à morte).
O promotor que coordena o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Segurança Alimentar, Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, assinou a denúncia.