Ministério Público pede que acusados de matar contadora no noroeste do RS sejam levados ao Tribunal do Júri
Foram apresentadas nesta terça-feira (6), pelo Ministério Público (MP), as alegações finais em relação ao homicídio qualificado e ocultação de cadáver da contadora Sandra Trentin, ocorrido em janeiro de 2018, em Palmeira das Missões, no Noroeste. Na manifestação, a promotoria de justiça de Palmeira das Missões pede que os réus Paulo Ivan Baptista Landfeldt, ex-marido da vítima, e Ismael Bonetto sejam pronunciados e levados a julgamento pelo Tribunal do Júri.
No entendimento do MP, houve a prática de homicídio qualificado por motivo torpe, mediante promessa de recompensa, com emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima e por razões da condição de sexo feminino – feminicídio. O ex-marido Paulo Ivan é apontado como o mandante do crime. Ismael, o executor. Ambos estão presos desde 2019.
Após a conclusão da manifestação final do Ministério Público, o processo seguirá com prazo para que ambas as defesas apresentem suas razões finais. Depois, o caso vai à apreciação do juiz, que decidirá pelo acolhimento ou não do pedido de julgamento pelos jurados no plenário.
Relembre o caso
Em janeiro de 2018, a contadora Sandra Mara Lovis Trentin, então com 48 anos, saiu em sua caminhonete de Boa Vista das Missões para ir até a cidade vizinha Palmeira das Missões e nunca mais foi vista. A confirmação do assassinato se deu quase um ano após o desaparecimento, com os restos mortais encontrados em cova rasa a cerca de 40 quilômetros de onde ela sumiu.
Sandra deixou quatro filhos – um menino fruto de um primeiro relacionamento, e três meninas, que teve com o acusado com quem era casada quando desapareceu.