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Médico esclarece “suspeita de que mulher poderia estar viva durante velório”

Médico esclarece “suspeita de que mulher poderia estar viva durante velório”
09.04.2024 11h21  /  Postado por: Redação

Um caso incomum aconteceu neste domingo, dia 7 de abril, em Arroio do Tigre, durante o velório de uma mulher, no Bairro Cohab, em Arroio do Tigre. Um dos familiares teria sentido a pulsação da falecida e surgiu a suspeita de que a mulher poderia estar viva. Diante disso, foi acionada a Brigada Militar. A guarnição chegou ao local e o policial militar chamou o SAMU. O fato repercutiu e ganhou proporções nos grupos de WhatsApp.

A reportagem da Geração FM entrou em contato, na manhã desta terça-feira, com o médico Mauro Giménez Olazar para explicar a situação.

Apesar de não ser o médico plantonista que a atendeu no hospital, ele explicou o que pode acontecer, em especial com o corpo após a morte. “Tem a morte imediata em que a pessoa fica amarela. Outro estágio é aquele que ocorre o amolecimento dos tecidos. E, mesmo que se sabe que as células estão morrendo gradativamente, tem casos de contrações ou movimentos involuntários de membros e do corpo. Também podem haver espasmos (a pessoa pode contrair a mão ou o pé). Outro fenômeno que pode acontecer são gases (defecar, urinar ou arrotar)”, esclarece.

Segundo o médico, são seguidos protocolos rigorosos em questão de óbito: parada cardíaca (a escuta) e naturalmente é averiguado que a pessoa parou de respirar. Também se olha nos olhos (se chama midríase total – a dilatação das pupilas). “Mas, as reações do organismo podem dar algum sinal sim mesmo após a morte”.

Conforme Dr Mauro, o suor é outro fator que pode acontecer devido o líquido no corpo. “E a paciente estava no soro. Esse líquido pode sair pelos poros. Se colocar espelho, ele embaça”.

Quando da chegada do SAMU, todos os procedimentos de sinais vitais foram feitos e foi constatado que a mulher estava sem vida. Segundo informações, o corpo apresentava sinais vitais inaudíveis, as pupilas midiátricas estavam dilatadas e não respondiam ao estímulo da luz, além do corpo apresentar rigidez cadavérica, que é um sinal reconhecível de morte.

A mulher faleceu em virtude de uma doença infecciosa aguda e que se agravou rapidamente. O óbito aconteceu na manhã de domingo, 7, no Hospital Santa Rosa de Lima e foi atestado pelo médico plantonista do hospital. O sepultamento foi realizado na manhã desta segunda-feira, 8 de abril, no Cemitério Católico de Arroio do Tigre. Ela deixa enlutados o esposo, filhos pequenos e demais familiares.

 

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