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Tradicionalismo

Justiça do RS decide pela posse imediata de nova presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho

24.01.2020 10h17  /  Postado por: Reportagem

A 2ª Vara Cível de Lajeado, no Vale do Taquari, decidiu nesta quinta-feira (23) que Gilda Galeazzi seja conduzida imediatamente ao cargo de presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). A posse estava suspensa desde a semana passada, quando a Justiça concedeu uma liminar que impedia a nomeação de Elenir Winck, cabeça da outra chapa, à presidência do MTG.

A assessoria da entidade disse que “o MTG só vai se manifestar após ser notificado oficialmente, fato que ainda não ocorreu”.

A disputa, a primeira entre duas mulheres na história da entidade, foi cercada de polêmicas desde o começo. A primeira foi o empate em número de votos: 530 para cada uma.

Como critério de desempate, deveria assumir o candidato mais velho. A chapa de Elenir foi considerada vencedora por ter um integrante de 77 anos. Porém, o grupo de Gilda contestou a decisão, já que ela é mais velha do que Elenir e, no entendimento dele, deveriam ser consideradas as idades apenas das cabeças das chapas. Por isso, a autora decidiu ingressar com uma ação na Justiça.

A juíza Carmen Luiza Rosa Constante Barghouti, ao acatar o pedido da chapa 2, justifica que “tal entendimento [da chapa 1] é equivocado, visto que não observa a idade das candidatas a presidente de chapa, sendo, no caso a autora, que tem 65 anos, em detrimento da candidata da chapa 1, que tem 62 anos”.

“Tal entendimento indica congruência não apenas com os termos do Regimento Geral do Movimento Tradicionalista Gaúcho, ora agravante, mas também com a sistemática do escrutínio, tendo em vista que nas próprias cédulas de votação constavam apenas os nomes das concorrentes ao cargo de presidente (ao lado dos nomes das respectivas chapas)”, diz, na decisão, a juíza.

Ciro João Winck, conselheiro benemérito do MTG e marido de Elenir, diz que ela não se manifesta publicamente sobre o assunto, mas que a chapa pretende ingressar com um agravo contestando a decisão.

“Ela não se manifestou desde o dia [da eleição] respeitando a Justiça. Ficou bastante chateada”, explica. “Ela pede desculpas, mas o emocional pesou. Estamos há 42 anos no tradicionalismo. Fomos patrões, coordenadores. É uma guerra de interesse. Nosso interesse é que o movimento continue livre, democrático”, sublinha Ciro.

O tradicionalista diz, ainda, que deve aguardar a reunião do conselho do MTG, marcado para sábado (25), para decidir como será a continuidade dos trabalhos.

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