INMET emite alerta de perigo para o Sul com início da formação do ciclone extratropical!
O Sul do Brasil segue em estado de alerta devido a sucessiva formação de ciclones extratropicais próximo a região, que tem causado grandes volumes de chuva. O último evento ocorrido no final de semana gerou acumulados da ordem de 100 mm em cidades do nordeste do Rio Grande do Sul e também em Santa Catarina. Entretanto, os impactos gerados por esse último evento foram bem mais brandos comparado ao ciclone do dia 15 de junho.
Agora seguimos atentos às atualizações dos modelos numéricos que indicam a formação de um novo ciclone extratropical sobre a região Sul a partir desta quarta-feira (12). Na verdade, o processo de formação desse ciclone já se inicia nesta terça-feira (11), à medida que uma baixa pressão continental, que estava centralizada sobre o Paraguai e Argentina, passa a se deslocar para sudeste, se aproximando do oeste da região Sul.
Esse deslocamento de baixa pressão ocorre devido ao deslocamento de um amplo cavado nos médios níveis da atmosfera, que atravessará o continente. Com a aproximação dessa baixa pressão, as instabilidades já deverão voltar a ocorrer em Santa Catarina, sul do Paraná e norte do Rio Grande do Sul ainda hoje, podendo ocorrer em forma de tempestades severas acompanhadas de granizo e descargas elétricas.
À medida que a baixa pressão continental e o cavado em médios níveis se deslocam para leste e se aproximam da costa da Região Sul, inicia-se o processo de formação do ciclone extratropical sobre o Rio Grande do Sul na quarta-feira. A formação desse ciclone sobre o estado provocará muita chuva e também ventos fortes que poderão durar até quinta-feira (13).
INMET emite alerta de perigo para o Sul
Com o processo de formação do ciclone extratropical já em andamento, a partir de hoje a região Sul deve ficar em alerta para o risco de chuvas intensas e volumosas, além de fortes rajadas de vento! Nesta terça, cidades de Santa Catarina, principalmente no oeste do estado, poderão registrar acumulados da ordem de 50 mm, como o caso de Chapecó. Inclusive a capital, Florianópolis, deverá ter uma terça-feira nublada e chuvosa, podendo registrar 30 mm.
A partir de amanhã as chuvas devem continuar em Santa Catarina, porém com acumulados reduzidos, da ordem de 10 a 20 mm. Isso porque a formação do ciclone ocorrerá mais ao sul, sobre o Rio Grande do Sul, o que fará com que os acumulados mais expressivos passem a ocorrer nas cidades gaúchas, principalmente ao norte do estado.
A chuva poderá ocorrer de forma muito intensa e volumosa dentro de um curto período de tempo em diversas cidades. Os acumulados diários poderão ultrapassar os 50 mm em diversas localidades, como é o caso da capital gaúcha, Porto Alegre, onde o modelo ECMWF prevê um acumulado superior a 70 mm!
Além da chuva, o processo de formação do ciclone provocará ventos muito fortes, com rajadas podendo chegar a 90km/h no sul do Rio Grande do Sul, como na capital Porto Alegre. Os ventos ficarão mais intensos entre a manhã e tarde de quinta-feira. Devido a essa perigosa combinação de chuvas volumosas e ventos fortes, o INMET emitiu nesta manhã um alerta de perigo para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina!
Na quinta-feira o ciclone já estará sobre o oceano, porém ainda próximo da costa do Rio Grande do Sul, mantendo o tempo instável em grande parte da região. Por esse motivo, ainda são esperados acumulados expressivos de chuva e ventos intensos na quinta-feira.
Por estar sobre o oceano, próximo ao litoral, o ciclone deverá provocar forte agitação marítima principalmente no litoral gaúcho. Entre o final de quinta e início de sexta (14), o ciclone avançará rapidamente para leste, se afastando do continente, fazendo com que as condições do tempo fiquem mais estáveis no final de semana.
O ciclone afetará o Centro-Oeste e Sudeste do Brasil?
A frente fria associada a esse ciclone extratropical não deverá provocar acumulados significativos de chuva nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, já que depois de sua formação, o sistema se deslocará rapidamente para o oceano. Talvez algumas instabilidades possam ocorrer no sul do Mato Grosso do Sul e na divisa de São Paulo com o Paraná, porém nada muito expressivo. As chuvas mais volumosas ficarão concentradas nos estados do Sul.