Funcionários de hospital de Tupanciretã protestam para evitar demissão coletiva

Funcionários do Hospital de Caridade Brazilina Terra, em Tupanciretã, na Região Central, começaram, nesta quinta-feira (25), paralisações de uma hora por turno. A mobilização é em protesto contra o atraso de 10% dos salários de outubro, a falta de previsão de pagamento do 13° salário da categoria e o anúncio do aviso prévio. A instituição atende 90% via Sistema Único de Saúde (SUS).
Conforme o diretor do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Cruz Alta em Tupanciretã (Sindiesca), Douglas Padilha, são três horas de paralisação por dia. Na manhã desta sexta-feira (25), ela ocorre das 10h30 às 11h30. Durante uma hora, são mantidos apenas serviços essenciais e atendimentos de urgência e emergência.
A Paralisação segue até a próxima segunda-feira (28). Então, será feita uma assembleia que definirá se os funcionários entram em greve, se a situação não for revertida.
Hoje, o hospital tem receita de R$ 217.640 por mês. O gasto é de R$ 389.014,56, ou seja, há um déficit de R$ 171.374,56. Por mês, são feitas 21 cirurgias, 350 exames de raio-x e 120 internações no Hospital.
A diretoria do Hospital anunciou que, no dia 1° de dezembro, irá emitir aviso prévio aos 92 funcionários da casa, e que no final do mês a instituição irá fechar. Caso isto ocorra, quem precisar de atendimento médico em Tupanciretã precisará se deslocar até Júlio de Castilhos ou Cruz Alta.
Em maio deste ano, o hospital decretou situação de emergência nos setores de farmácia, oxigênio e lavanderia. A dívida com fornecedores dessas áreas, segundo o Hospital, ultrapassa R$ 240 mil.