Fenômeno La Niña que marca o resfriamento das águas do Pacífico deve retornar no segundo semestre

Depois da primavera de 2023 e parte do verão fortemente influenciados pelo fenômeno El Niño, o Rio Grande do Sul deve viver meses de trégua das chuvas extremas, vendavais e enchentes. Este enfraquecimento, entretanto, gera entre os produtores rurais gaúchos a expectativa da volta do La Niña para o segundo semestre de 2024. O La Niña, ao contrário do El Niño, tem seus eventos climáticos relacionados ao resfriamento acima do normal das águas do Oceano Pacífico.
A meteorologista Estael Sias, da MetSul,diz que os modelos projetam enfraquecimento semanal do fenômeno ainda em curso, podendo atingir a situação de neutralidade em meados do outono. “Esse resfriamento pode começar um pouco antes. Para decretar La Nina, que é um fenômeno acoplado, que começa no oceano e depois impacta a atmosfera, isso leva algumas semanas e muito provavelmente isso vai acontecer no segundo semestre de 2024”, analisa.
Estael Sias pontua que 2023 começou com La Niña e teve El Niño a partir de julho. “Já 2024, começa com El Niño e, provavelmente, no segundo semestre devemos ter La Niña se instalando e impactando o clima no Rio Grande do Sul”, projeta. Segundo a meteorologista, a ocorrência de La Niña entre o final do inverno e início da primavera pode potencializar as baixas temperaturas e proporcionar a ocorrência de geadas tardia. “Estamos no campo da especulação, precisa (o fenômeno) se instalar primeiro para avaliar a intensidade”, pondera a meteorologista.