Família espera mais de um dia em casa mortuária pela chegada do corpo de parente em Candelária
A família de Leandro Dutra, de 40 anos, encontrado morto no domingo (11), passou mais de um dia dentro de uma casa mortuária em Candelária, à espera da chegada do corpo para o velório. O principal motivo da demora seria a falta de médicos legistas no estado. As informações são do portal G1.
O G1 tentou contato com o DML da Região Metropolitana de Porto Alegre, que responde por Lajeado, na manhã desta quarta-feira (14), mas ninguém atendeu as ligações.
“Davam um horário, a gente esperava aquele horário, não chegava o corpo. Então, a gente ali, sentado, velando o corpo que não tinha. Era invisível o corpo dele. Essa história vai ficar na cabeça de todo mundo que tava ali, um defunto invisível”, lamenta a irmã da vítima, Neusa Dutra.
Os profissionais do Departamento Médico Legal (DML) das sedes de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, Cachoeira do Sul, na Região Central, e Lajeado, no Vale do Taquari, trabalham em regime de revezamento aos fins de semana.
No último domingo (11), quem estava de plantão era o DML de Lajeado, para onde o corpo de Leandro deveria ser levado, a fim de passar pela necropsia.Porém, conforme a funerária, ninguém atendeu as ligações em Lajeado e, por isso, foi o DML de Santa Cruz do Sul que recebeu o corpo.
A necropsia só foi feita na segunda-feira (12), quando os médicos legistas voltaram a atender em Santa Cruz do Sul. Segundo os familiares, foram 26 horas de espera para tentar velar o corpo de Leandro, que acabou sendo enterrado sem as homenagens dos parentes.
“Ele partiu, a gente perdeu, e não conseguiu se despedir. A gente só quer que não aconteça com outras pessoas o que aconteceu com a nossa família”, finaliza Neusa.