Ícone do site Rádio Geração

Fábrica de cigarros da Souza Cruz encerra atividades hoje no Rio Grande do Sul

 
   O Presidente da Comissão de Agricultura, deputado Adolfo Brito, recebeu hoje (04), no início da tarde, em seu Gabinete, na Assembleia legislativa, dois diretores da Companhia Souza Cruz. Os dirigentes da empresa vieram ao presidente da Comissão de Agricultura, para agradecer o empenho que vem sendo dado à Cadeia Produtiva do Tabaco no Estado do Rio Grande do Sul, ao mesmo tempo em que informaram (de primeira mão), que a Fábrica de Cigarros da Companhia, situada em Cachoeirinha, está sendo fechada hoje (04 de fevereiro 2016).
     Os dirigentes da Souza Cruz, que nos últimos anos já haviam procurado deputados ligados ao setor do tabaco e o Governo Estadual, bem como o Governo Federal, em janeiro de 2015, estiveram na Comissão solicitando apoio contra a concorrência desleal com cigarros de contrabando e o aumento de impostos, o que originou ainda no ano passado, a desativação de um turno da fábrica em Cachoeirinha. Agora com os novos aumentos do Governo Federal (IPI e outros ) e do ICMS Estadual, alegam não ser possível continuar fabricando cigarros no Estado. O segundo turno desativado em Cachoeirinha está dispensando 240 funcionários, sendo que desses, cerca de 40, poderão ser realocados em outros setores da empresa. Os demais, a Souza Cruz vai tentar ajudar para recolocá-los em outras empresas.
   Délcio Sandi, Diretor de Regulamentação e Bruno Canto, Diretor de Relações Governamentais, informaram que a concorrência do contrabando na região sul é muito grande, chegando a 43% no Rio Grande do Sul e a 54% no Paraná.
  A partir de agora, a única fábrica da Souza Cruz,no Brasil, é a de Uberlândia, em Minas Gerais. Em Cachoeirinha permanecerá o Centro de Pesquisa e, em Santa Cruz do Sul, permanecerá com atividade normal, a Usina de Beneficiamento de Tabaco. Os dois dirigentes da Souza Cruz não quiseram dar detalhes dos prejuízos ao município de Cachoeirinha e ao Estado, pela perda dos impostos e empregos, ao mesmo tempo em que alegaram que, hoje, os impostos do cigarro chegam a 80% do custo de cada carteira vendida.
 O Presidente da Comissão de Agricultura lamentou a decisão, “pois o fechamento da indústria significa uma grande perda na arrecadação ao poder público e aos demais entes da cadeia produtiva do tabaco”.

Sair da versão mobile