Estudo sobre a produção de Leite no RS é inédito

 
 
Uma radiografia completa da cadeia leiteira do Rio Grande do Sul foi apresentada nesta sexta-feira (29/05) em audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa durante a 38ª Expoleite, na cidade de Esteio. O estudo, realizado pelo Instituto Gaúcho do Leite (IGL) em parceria com Emater-RS, Fetag, Fetraf e Famurs mostra detalhes da produção de lácteos em todas as cidades do estado formando um grande banco de dados. O dirtetor executivo do Intituto Gaúcho do Leite, Ardêmio Heineck, diz que o estado possui 198 mil produtores de leite. Destes, apenas 85 mil, ou seja 42%, são fornecedores para as indústrias e cooperativas. Os outros 58% são de pequenos produtores que estão distribuídos em três categorias: produção para consumo próprio, produção para agroindústria particular e produção para o mercado informa.
O estudo sobre a cadeia leiteira do Rio Grande do Sul mostra,  os gargalos, as dificuldades enfrentadas pelos produtores e os desafios para que o setor se torne competitivo e com produto aprovado pelo consumidor. Ardêmio Heineck do Instituto Gaúcho do Leite, detalha os principais itens do capítulo desafios do setor.
O deputado estadual Elton Weber (PSB) foi quem presidiu os trabalhos na audiência pública, promovida pela comissão de agricultura da Assembleia gaúcha na qual foi divulgada a radiografia da produção leiteira do Rio Grande do Sul. Ao fim da sessão o parlamentar disse que a partir dos dados apresentados será possível planejar ações, com envolvimento de todos os elos da cadeia produtiva, que visem melhorar os dados negativos apontados no estudo.
O estudo elaborado pelo Instituto Gaúcho do Leite apontou alguns dados relevantes sobre a cadeia leiteira do estado: o rebalho leiteiro gaúcho tem mais de 1 milhão e 400 mil animais; a produção anual de leite é de 4,6 bilhões de litros, a segunda maior do país e o mercado lácteo gaúcho é responsável por 9,13% do PIB do estado. Um dos desafios do setor do leite do Brasil é motivar o consumo interno.  Em média, no país se consome menos leite que o indicado pela Organização Mundial da Saúde. Outro desafio é tornar o produto brasileiro mais competitivo no mercado internacional. A balança comercial de produtos lácteos no país apresenta déficit, na qual a importação é maior que exportação.