A dúvida leva em conta que as incertezas trazidas durante os pleitos, principalmente os que envolvem possíveis mudanças no Executivo, criam dúvidas a respeito do futuro e sempre colocam em risco as expectativas de crescimento da economia.
“As eleições trazem uma certa incerteza para o crescimento, com um principal impacto nos investimentos, que são afetados em momentos de incerteza e trocas de governo”, afirma Patrícia Krause economista-chefe da Coface para a América Latina.
As percepções são confirmadas pelas expectativas apresentadas semanalmente pelo BC (Banco Central), que já preveem uma alta de apenas 0,5% do PIB no ano que vem. “Essa sinalização indica que apenas vamos repor as perdas causadas pela pandemia”, diz Sanchez.
Rachel de Sá, chefe de economia da Rico Investimentos, por sua vez, prevê que as perdas causadas pela pandemia já serão revertidas neste ano, apesar da recessão técnica, e o desafio é manter a alta da atividade em 2022.
“Nossa expectativa é de um crescimento zero do PIB em 2020, de que não haverá avanço e nem contração da economia. Alguns setores devem ter uma retração importante, mas a agropecuária, que foi mal neste ano, deve apresentar uma recuperação forte”, analisa Rachel.