Disputa pelas vagas do RS na Câmara é a mais acirrada dos últimos anos

Foto: Divulgação

29.08.2022 08h49 / Postado por: Reportagem

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A disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados será a mais acirrada dos últimos tempos. No Rio Grande do Sul, 542 candidatos competem pelas 31 cadeiras do Estado no legislativo federal, o que corresponde, em um cálculo simples, a 17 candidatos por vaga. Para fins de comparação, em 2018, a corrida para Câmara dos Deputados contou com 422 nomes no RS, 120 a menos do que este ano. A média era 13 por vaga.

O aumento na concorrência segue a tendência nacional, uma vez que o número total de candidaturas à Câmara também cresceu nacionalmente. A Justiça Eleitoral recebeu este ano 10.485 inscrições para a disputa, sendo o maior número desde a redemocratização, nos anos 1980.

Mais mulheres e negros na corrida por um espaço no parlamento

Assim como nacionalmente, o número de candidatos autodeclarados pretos e de candidatas mulheres também cresceu, mas de forma bem mais tímida, na disputa na Câmara dos Deputados pelo RS. Este ano, foram registradas 186 candidatas (35%), um aumento de 2,70% em comparação com 2018. O mesmo padrão foi visto para os candidatos pretos, com 62 (11%) registrados, resultando em um acréscimo de 1,96%.

Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelam ainda que os candidatos gaúchos envelheceram. No pleito anterior, em 2018, a faixa etária com o maior número de concorrentes ficava entre os 50 e 54 anos. Nesta eleição, predominam os que estão entre 55 e 59 anos. Esta é a única diferença entre o perfil dos candidatos de 2018 e de 2022. Assim, o perfil médio segue sendo de homens, brancos, casados e com o ensino superior completo.

Entre as profissões, 108 (19%) não registraram vínculo específico, seguido de 76 empresários (14%), e 47 advogados (8%). PL, PTB e Republicanos lideram a lista de partidos com o maior número de nomes cadastrados. Cada um registrou 32 candidatos, o máximo permitido. Em seguida, está o PSol, com 31, e Avante, Podemos e PSC com 30 cada.

Disputa por vaga na Assembleia diminui em números totais

Na contramão da disputa pela Câmara, o número de candidatos a uma das 55 vagas na Assembleia Legislativa gaúcha se reduziu em comparação com o último pleito. Este ano foram registrados, até a última sexta-feira, 825 candidatos no sistema do TSE, ante os 853 de 2018. A diferença é de 3,2%. Na prática, a disputa ainda se manteve em 15 nomes por vaga.

Assim como no caso da Câmara dos Deputados, o perfil dos nomes que tentam se eleger para o parlamento gaúcho é o mesmo: são homens, casados, com ensino superior completo e idade que varia entre os 40 e 44 anos e os 50 e 54 anos. Esse perfil também se mantém se compararmos com o pleito passado, a não ser com um sutil aumento de 2% dos candidatos pretos: com 87 nomes, representam 10% do total. No pleito anterior, eram 69 (8%).

Entre as ocupações lideram os empresários, advogados e vereadores. Entretanto, o maior percentual (18%) segue entre os candidatos que optaram por não identificar sua profissão. O recém criado União Brasil se destaca e é o único partido sozinho, até o momento, a indicar o número máximo de candidatos permitidos: 56. PDT, Podemos e Republicanos aparecem em seguida, com 52. Com apenas um assento no parlamento e buscando ampliar sua bancada, o PSD registrou 50.

Quem são os candidatos a deputado federal:

542 candidatos

Por sexo:

Homens: 354 (66,92%)

Mulheres: 186 (35,16)

Por estado civil:

Casados: 243 (45,94%)

Solteiros: 215 (40,46%)

Por idade:

De 55 a 59 anos: 78 (14,39%)

De 45 a 49 anos e 40 a 44 anos: 75 (13,84%)

Por instrução: