Desembargador vota pela condenação à prisão de Gilmar Sossella

O desembargador federal Paulo Afonso Brum Vaz votou pela condenação do deputado Gilmar Sossella (PDT), em julgamento nesta terça-feira (20), de ação penal que tramita no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O magistrado fixou a pena em três anos e três meses de prisão. As informações são da Rádio Gaúcha.Vaz também condenou o assessor de Sossella, Artur Souto, à pena de dois anos de prisão. O voto é pela substituição das prisões por serviços comunitários e multa.Segundo denúncia do Ministério Público Eleitoral, Sossela e Artur Souto coagiram servidores comissionados para que comprassem convites, no valor de R$ 2,5 mil, para um jantar de apoio político durante a eleição de 2014.”A decisão de fazer o jantar foi conjunta”, diz o desembargador.Vaz também lembrou que quase 5 mil mensagens foram enviadas pelo celular funcional de Sossella, no dia da eleição de 2014, pedindo votos.Esta foi a última sessão do magistrado, que conclui dois anos no TRE. O desembargador vai trabalhar em uma nova turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que será criada em Florianópolis.Logo após o voto de Brum Vaz, o presidente do TRE, Carlos Cini Marchionatti, suspendeu novamente o julgamento da ação penal até o retorno do relator Silvio Ronaldo Santos de Moraes – que estava ausente da sessão desta terça-feira.Com o voto de Brum Vaz, fica empatado o julgamento referente a Sossella, já que o relator absolveu o parlamentar por falta de provas. Já em relação à Artur Souto são dois votos pela prisão.O julgamento deverá ser retomado em 27 de junho. Sossella e Souto negam ter coagido servidores.MandatoEm relação ao mandato de Gilmar Sossella, o Tribunal Superior Eleitoral reverteu em abril a decisão do Tribunal Regional Eleitoral e manteve o deputado na Assembleia Legislativa.