Deputado Heitor Schuch participa do 10º Fórum da Frente Parlamentar contra a Fome da América Latina e Caribe no Chile
Em Santiago, Chile, o deputado federal Heitor Schuch, presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar do Congresso Nacional, participou do 10º Fórum da Frente Parlamentar contra a Fome da América Latina e Caribe. O encontro, promovido pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), reuniu líderes e representantes comprometidos com o combate à fome.
Durante entrevista à Geração, Schuch destacou a importância da agricultura familiar nesse desafio e ressaltou que esse setor desempenha um papel fundamental na alimentação global. No entanto, para que essa contribuição seja plenamente alcançada, são necessárias condições adequadas. O deputado enfatizou a importância dos governos conhecerem, compreenderem e fortalecerem o setor por meio de políticas públicas sólidas que beneficiem toda a sociedade.
Schuch mencionou diversos desafios enfrentados pelos agricultores, principalmente pelos mais pobres. Entre eles estão disputas comerciais, concorrência desleal que impacta negativamente nos preços dos produtos, como é o caso do leite, barreiras comerciais impostas por países ricos, a influência de grandes corporações que impõem seu modelo de produção, conflitos de terra e mudanças climáticas.
Mudanças no seguro agrícola
No Brasil, o deputado se encontrou com Cláudio Filgueiras, diretor do Departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações do Crédito Rural e do Proagro do Banco Central, para solicitar uma alteração no sistema de cobertura. Atualmente, o Manual de Crédito Rural permite o acionamento do seguro agrícola por um máximo de três sinistros em um período de cinco anos. Schuch defende a mudança dessa regra, considerando que o Rio Grande do Sul foi afetado por três secas consecutivas, o que coloca os agricultores em situação de inabilitação para acessar nova cobertura na safra de 2023.
A proposta apresentada é a de desconsiderar as indenizações pagas pelo programa na safra 2021/22, marcada pela estiagem generalizada na região Sul do Brasil. Isso garantiria que os 85.590 agricultores gaúchos que sofreram perdas comunicadas sejam segurados caso ocorram novos fatores climáticos que gerem prejuízo nos próximos plantios.
O Banco Central se comprometeu a estudar a possibilidade de ampliar para sete sinistros já na próxima safra, buscando atender às demandas dos agricultores afetados por eventos climáticos adversos.
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