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Agricultura

Dália já utiliza ordenha robotizada na unidade de Candelária

18.12.2019 14h24  /  Postado por: Elion Silva

A unidade de produção de leite da cooperativa Dália em Candelária, utiliza a tecnologia de ordenha robotizada. O empreendimento conta com três robôs para a ordenha das vacas. A cooperativa investiu cerca de R$ 6 milhões na granja, com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

Recentemente a ministra da Agricultura Tereza Cristina, durante a inauguração de um complexo avícola da cooperativa, em Arroio do Meio, elogiou o sistema.

Para a ministra, o modelo adotado pela Dália Alimentos pode ser o caminho para a melhoria do setor leiteiro do País. “Estamos vendo este modelo diferente. É um modelo inédito. Eu vejo que pode ser uma das soluções para o problema do leite. Essa cadeia vai ter que trabalhar, e nós estamos trabalhando muito nessa cadeia desde o nosso primeiro dia no Ministério”, afirmou.  “Estou muito esperançosa, achando isso aqui muito diferente, primeiro mundo. Enfim, temos que ver como viabilizar outros sistemas de condomínio, como esses que a cooperativa está fazendo”, completou.

O Brasil é o quarto maior produtor global de leite. De produto inspecionado são cerca de 25 bilhões de litros, mas a estimativa é pelo menos 9 bilhões produzidos sem regras sanitárias fiscalizadas. Para a ministra é necessário profissionalizar o setor leiteiro e aprimorar os métodos de produção para elevar a produtividade e baixar o custo de produção. “A grande maioria dos pequenos produtores produz leite. Agora, o leite tem um problema de custo, que no Brasil ainda é alto. Estamos vendo aqui outros modelos de produção, que a gente pode fazer para levar os pequenos produtores a um modelo que seja mais produtivo, que lhes dê renda, porque senão a gente vai continuar tendo problemas”, disse.

O projeto da Dália Alimentos reúne pequenos produtores num modelo associativo de produção leiteira. Cada condomínio tem capacidade para alojar 262 animais, sendo 210 vacas em lactação, com ordenha robotizada por meio de um sistema tecnológico sueco.

A produção é de 6,5 mil litros/dia, totalizando 2.372.500 litros/ano. O leite é produzido em um local único, com otimização de recursos, equipamentos, mão de obra e tempo investido. Os animais recebem assistência técnica intensiva e alimento balanceado e regular, o que impacta na produtividade e na eficiência.

Em relação à abertura do mercado externo, segundo a ministra, além de permitir o equilíbrio dos preços, também contribui para a melhoria da qualidade da produção nacional. “Então, é sempre muito boa essa possibilidade. A medida que você abre novos mercados, você também sobe a régua da qualidade. Por isso que é importante a gente ver aqui a qualidade”, argumentou a ministra, citando a possibilidade de exportação de lácteos para a China.

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