Cotrijal projeta investimento de R$ 150 milhões até o final de 2022

A Cotrijal planeja investir R$ 150 milhões até o final deste ano, com garantia de diversificação nas suas atividades. Boa parte deste recurso – R$ 20 milhões – resultou na duplicação da fábrica de ração, em Não-Me-Toque, sede da cooperativa, com a instalação da linha de produção de rações peletizadas, que hoje fornece o produto, principalmente, para a bacia leiteira gaúcha, e da própria cooperativa.
De acordo com o presidente da cooperativa, Nei César Manica, mesmo não sendo a principal atividade da Cotrijal, a produção de leite deve fechar o ano com uma ampliação de 20% entre os cooperados, a partir de aprimoramento técnico desenvolvido pela cooperativa. Os produtores da Cotrijal fornecem o produto para a CCGL, em Cruz Alta. “Este hoje é um setor que está em alta e temos dedicado muita atenção para os próximos anos”, explica Manica.
Outros R$ 20 milhões foram investidos na construção de uma nova unidade de recebimento de grãos em Vacaria. Fora do campo, a Cotrijal também avança neste ano. Em dezembro, Marau deverá receber uma nova loja e supermercado da rede própria da cooperativa, que neste ano já abriu unidade de negócios e supermercado em Santo Antônio do Planalto e reabriu sua loja, modernizada, em Tapejara.
Além disso, a Manica projeta um salto de 8 mil para 18 mil cooperados, e a garantia de 1,3 milhão de hectares de grãos plantados sob a responsabilidade da Cotrijal. Este é o resultado de um ano que o presidente da cooperativa considera como de preparo para o grande investimento, de R$ 300 milhões, anunciado durante a Expointer deste ano, e que deve ser executado em 2023, na construção de uma usina de etanol a base de grãos.
“Foi um ano de preparo para o investimento na usina, mas também de investimentos em expansão da nossa cooperativa. Temos um planejamento estratégico que nos garante este crescimento constante”, aponta o dirigente.
Já em relação ao cronograma de investimento para a construção da usina, a previsão é de que ela esteja operando no final de 2024, com capacidade para processar 750 mil toneladas de grãos por ano para a geração de etanol. “Já temos a segurança de que a própria produção dos cooperativados dará conta do abastecimento da usina, mas este investimento será acompanhado por uma ação de incentivo aos nossos produtores para que avancem na produção de culturas de inverno”, aponta Manica. Isso porque o etanol será produzido a partir de trigo e triticale.