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Cooperativas devem receber 45% da soja produzida no Rio Grande do Sul

De acordo com levantamento da Emater divulgado no mês de março, durante a Expodireto Cotrijal, a safra gaúcha de soja deverá novamente ser recorde. O crescimento deverá levar a uma colheita de 16 milhões de toneladas do grão. Dentro deste cenário, as cooperativas agropecuárias do Rio Grande do Sul devem ser responsáveis pela originação de 45% da oleaginosa. A estimativa é da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS).
 
Este total representa cerca de 7,2 milhões de toneladas que devem ser recebidas pelo sistema cooperativo gaúcho. O volume é maior que o período anterior, que foi de 6 milhões de toneladas, o que representou 40,5% da soja produzida no Rio Grande do Sul em 2015. “O desempenho das cooperativas na originação está sendo positivo e percebemos um crescimento real no recebimento do grão em relação à safra passada”, explica o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires.
 
Para o dirigente, um dos principais motivos que devem levar a esta elevação é o investimento feito pelas cooperativas no último ano. Em armazenagem, por exemplo, o sistema investiu R$ 210 milhões em 2015 em ampliação e modernização. Mas, conforme Pires, a assistência técnica dada aos produtores foi um dos grandes destaques. “As cooperativas fizeram um trabalho muito forte de investimentos em assistência técnica, de prestação de serviços, de fornecimento de insumos. Isso certamente vai trazer resultados”, afirma.
 
A colheita do grão vem avançando no Rio Grande do Sul. O presidente da FecoAgro/RS ressalta que o tempo bom da última semana ajudou no trabalho a campo. Conforme Pires, a produtividade da soja vem demonstrando variações. “Em alguns lugares as produtividades está surpreendendo positivamente. Em outros, onde as chuvas afetaram bastante as lavouras na fase de formação, temos alguns problemas”, salienta.
 
Quanto ao mercado, o presidente da FecoAgro/RS analisa que há muitas incertezas para os preços futuros do dólar que vem sendo influenciado pela turbulência política e econômica do Brasil, o que traz alta oscilação no câmbio, além dos preços de Chicago, que registraram alta na última semana principalmente por causa de pontos de quebra na safra sul americana, e a manutenção da demanda pelo grão, especialmente pela China. “O conselho que podemos dar é que o produtor faça uma comercialização gradual, dentro dos seus custos”, observa.
 
 
 

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