Domingo, 09 de Fevereiro de 2025
Telefone: (55) 3327 1071
Whatsapp: 55 3327 1071
Curta nossa página no Facebook:
Clique para Ouvir
Tempo limpo
38°
20°
20°C
Salto do Jacuí/RS
Tempo limpo
Tempo limpo
38°
20°
20°C
Arroio do Tigre
Tempo limpo
Ao Vivo:
Notícias

Como se posicionam os deputados gaúchos na CCJ sobre a denúncia contra Temer

Como se posicionam os deputados gaúchos na CCJ sobre a denúncia contra Temer
11.07.2017 16h15  /  Postado por: upside

        A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara se prepara para discutir, a partir de quarta-feira (12), o relatório do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), que recomenda o prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva. Três deputados gaúchos integram a CCJ na condição de titulares: Alceu Moreira (PMDB), Marco Maia (PT) e Maria do Rosário (PT).
O deputado José Fogaça (PMDB) também ocupava uma vaga como titular, mas foi substituído por ser considerado um voto independente – ou seja, não representava um voto garantido com o governo. Em seu lugar, o Planalto colocou o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), integrante da tropa de choque do presidente.
A Rádio Gaúcha consultou a posição dos parlamentares gaúchos que integram a CCJ. Além dos titulares, foram ouvidos os deputados suplentes, que poderão votar no caso de ausência dos colegas titulares.
A previsão é que as discussões sobre o relatório de Zveiter se estendam por cerca de 40 horas. O governo quer votar a denúncia na CCJ até o fim desta semana.
Confira como se posicionam os deputados gaúchos na CCJ:
ALCEU MOREIRA (PMDB)
VOTO: Contra o prosseguimento da denúncia
POR QUÊ: O que está na acusação é ‘corrupção passiva’. E precisa de um fato pra ser corrupção passiva. Ali não tem. Não existe um lugar onde foi entregue o dinheiro para o Temer. Não teve dinheiro para o Temer. É uma Ilação isso de ter sido entregue o dinheiro. Fala-se muito na gravação, mas ela não está em causa. Na CCJ, a questão da gravação não está posta. Está posta, sim, na questão política. Isso tudo é uma chanchada novelesca. O processo foi escrito antes da gravação do Joesley (Batista, dono da JBS). O Joesley faz a declaração de todos os crimes que cometeu, e pra isso, o procurador-geral, Rodrigo Janot, concorda que ele seja completamente liberado. Janot fez uma troca: ‘Pega o peixe grande que é o presidente e te liberto de qualquer acusação’. Sobre as trocas na CCJ, são corriqueiras. O PT e PSDB fizeram isso muitas vezes. É uma possibilidade do partido, que é quem indica.
MARCO MAIA (PT)
VOTO: A favor do prosseguimento da denúncia
POR QUÊ: Sou favorável ao prosseguimento da denúncia porque as provas são cabais, fruto de uma ação estruturada da PF. Portanto não deixam dúvidas do envolvimento do golpista Temer.
MARIA DO ROSÁRIO (PT)
VOTO: A favor do prosseguimento da denúncia
POR QUÊ: Voto pelo prosseguimento da denúncia porque há claros indícios. É uma vergonha votar pelo arquivamento de uma denúncia quando há tantos indícios que justifiquem o seu prosseguimento. E considero também uma vergonha que o governo remova da CCJ deputados como José Fogaça (PMDB), um parlamentar que acompanha permanentemente a comissão e que tem uma postura tão respeitada pela comunidade. Independente do mérito do voto dele, é um desrespeito muito grande. Não entro no mérito do voto. Tirar um parlamentar é tentar calá-lo. Pra mim, o exemplo de desrespeito nesse processo foi a retirada de Jose Fogaça. Ele já foi meu adversário (na eleição municipal em 2008), mas tenho por ele muito respeito.
SUPLENTES
COVATTI FILHO (PP)
VOTO: Indeciso
POR QUÊ: Estou indeciso. Como teve a apresentação, tanto do relatório do deputado Sérgio Zveiter (PMDB), quanto da denúncia em si, eu pedi para a consultoria da Câmara fazer um embasamento, para que a partir daí a gente possa definir o voto. Como eu não sei se vou votar na CCJ (porque é suplente), é importante essa reflexão já para eu ter um embasamento no plenário. Enfim, é um voto mais técnico, mais jurídico. Tem pensamentos de ambos os lados, vou pegar esse parecer para embasamento técnico e jurídico.
DARCÍSIO PERONDI (PMDB)
VOTO: Contra o prosseguimento da denúncia
POR QUÊ: Porque a denuncia é descabida, inepta, corporativa. E não se troca de presidente como se troca meia. O Brasil está melhorando. E eu não quero Lula presidente.
JERÔNIMO GOERGEN (PP)
VOTO: Indeciso
POR QUÊ: Ainda não estou decidido. Vejo tanta divisão na minha base, é tão parelho. Vou levar até a última hora. Realmente, a base que me apoia não sabe se é melhor tirar ou não o presidente Michel Temer. O pessoal do lado econômico não gosta do Temer, acha que ele errou. Mas acha ainda pior tirá-lo da Presidência. O pessoal do meio político opina para que gente retire até para que não sejamos cobrados na eleição em 2018. Fica uma percepção entre o ético e o econômico. Disparei mais de duas mil mensagens aos meus eleitores no sentido de consultá-los sobre o que gostariam que fosse feito.
JONES MARTINS (PMDB)
VOTO: Contra o prosseguimento da denúncia
POR QUÊ: Minha posição é contrária a denúncia. A denúncia carece de provas, indícios fortes. E o que foi apresentado na denúncia não justifica parar o país por mais sete meses, até concluir o processo. Isso agrava a situação econômica. O que tem na denúncia e frágil frente à paralisação do país.
JOSÉ FOGAÇA (PMDB)
VOTO: Indeciso
POR QUÊ: Ainda não defini a posição, apesar de já ter os documentos que irão embasar a decisão. Eu ainda não cheguei a uma conclusão. Estou avaliando, dando tempo, porque é uma reflexão muito criteriosa que eu quero fazer. Não me defini ainda porque, pra mim, é uma decisão muito delicada e difícil. Não vou votar contra por ser partidário, e também não vou votar a favor só porque essa seja uma tendência midiática. Quero fazer uma coisa muito consciente, muito criteriosa. Votar com minha consciência, com independência. Independência real, não é aquela que convém. Eu me sinto independente tanto do sim, quanto do não. Quanto à troca (o parlamentar foi substituído na CCJ), seria muito pequeno da minha parte ficar enraivecido com a liderança (do PMDB) e tomar uma decisão que pode afetar o país, transformar a vida das pessoas. Claro que não estou satisfeito, claro que não gostei de ser substituído. Mas é uma prerrogativa do líder. E como eu realmente não tenho uma posição para antecipar a ele, ele tem a prerrogativa. Aqui temos uma ditadura de lideranças. Assim como ele me nomeou, ele me retirou. Aqui, os líderes dizem quem é que fala, quem é que integra uma comissão.
ONYX LORENZONI (DEM)
VOTO: A favor do prosseguimento da denúncia
POR QUÊ: Desde a leitura do processo no plenário, ainda na quinta-feira passada, me manifestei nas redes que votarei a favor da autorização para o processo contra o presidente Michel Temer. Por coerência. Tinha razão ao defender o processo de impeachment pelo conjunto da obra de Dilma Rousseff, assim como agora também. No ano passado, fui voto vencido no Democratas por que defendia a não participação no governo Temer, pois entendia que o PT e o PMDB tinham unidos duas quadrilhas na chapa de 2014. Saiu a titular, ficou a suplente.
AFONSO MOTTA (PDT)
VOTO: A favor do prosseguimento da denúncia
POR QUÊ: Vou votar pela admissibilidade da denúncia, de acordo com parecer do relator Sérgio Zveiter (PMDB-RJ). Isso por todos os fundamentos que ele apresentou. Eu eentendo que os elementos são suficientes é necessários fazer uma investigação. Investigar é preciso.
POMPEO DE MATTOS (PDT)
VOTO: A favor do prosseguimento da denúncia
POR QUÊ: Vou pela admissibilidade completa. Ora, o relatório não é nem de um deputado de oposição, é da própria base (Sérgio Zveiter, PDMB). A denúncia nessa hora não é um julgamento. Ela só autoriza o início do julgamento. Quem pode dizer se ele deve ou não é o judiciário, o processo. Tem indícios suficientes. Sou a favor da investigação. Não é ilação. Tem gravações, delações e imagens da mala de dinheiro. Desmerecer chamando o Joesley (Batista, dono da JBS) de bandido. Todo mundo sabe que é, mas estavam juntos. Diz-me com quem andas e eu te direi quem és.

Comente essa notícia
Receba nosso informativo
diretamente em seu e-mail.