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Com preço atrativo, produtor voltará a aumentar a área do milho no Estado

22.08.2016 12h02  /  Postado por: upside

 
Preterido pelos agricultores gaúchos nos últimos anos, o milho voltou a ser um negócio atrativo. A razão é o aumento expressivo do preço da saca paga ao produtor, de pouco mais de R$ 20, há um ano, está hoje acima dos R$ 40. Entre os fatores que contribuíram para a valorização, está a escassez na oferta do grão motivada pela redução da safrinha no país e aumento das exportações.
Agricultores, que há um ano pensaram duas vezes antes de plantar o cereal, neste ciclo investe na cultura estimulado pela valorização do grão
Especialistas avaliam que as cotações permanecerão estáveis, mesmo com a previsão de aumento de área. O assistente técnico estadual da Emater, Alencar Paulo Ruggeri diz que o ideal visando a rotação de cultura seria uma área maior do que a que está prevista, mas ele reconhece que a questão econômica é a que predomina.
Para este ciclo, a Céleres Consultoria estima área plantada de 960 mil hectares de milho no Rio Grande do Sul, aumento de pelo menos 10% sobre 2015/2016, mas ainda abaixo das três safras anteriores, quando a extensão passava de 1 milhão de hectares. No país, deve chegar a 15,75 milhões de hectares, alta de 10,03% sobre o período anterior. O técnico da Emater diz que o produtor deve estar munido do maior número de informações para tomar a sua decisão.
Não é apenas a área destinada à produção do grão que deve aumentar. O valor cobrado pelas sementes de milho de alta tecnologia teve alta de 30% em um ano, segundo a associação dos produtores de Milho –  Apromilho. As demais sementes do grão, com menor tecnologia, mantiveram certa estabilidade de preço. Para se ter uma ideia, o investimento médio para aquisição de sementes de alta tecnologia é de R$ 600 por hectare.
O produtor estima colher neste ciclo entre 160 e 180 sacas de milho por hectare, o que dependerá do clima, já que neste ano é esperado o La Niña, que costuma causar períodos de estiagem. Esse rendimento está acima da média do Estado, que ficou em 119,3 sacas por hectare no ciclo 2015/2016.

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