Com 11 regiões em bandeira preta no mapa preliminar, RS restringe atividades entre 22h e 5h
O governador Eduardo Leite anunciou, no início da noite desta sexta-feira (19), que onze regiões do RS estão em bandeira preta no mapa preliminar, incluindo Porto Alegre. O mapa definitivo deverá ser divulgado na terça-feira (23), mas, segundo Leite, a margem para solicitação de recursos pelas prefeituras é pequena, devido ao agravamento do contágio e da transmissão do coronavírus no Estado. Por isso, o governo anunciou medidas emergenciais.
Uma das medidas adotadas pelo governo é a que suspende atividades gerais entre as 22h e 5h no Estado. A medida deve valer de 20 de fevereiro até 1º de março. Um decreto a ser publicado no sábado (20) deve detalhar a regra. O governador Eduardo Leite afirmou que não se trata de um toque de recolher.
Na bandeira preta, estão as regiões de Caxias do Sul, Capão da Canoa, Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Palmeira das Missões, Erechim, Passo Fundo, Santa Cruz do Sul e Lajeado. Além das bandeiras pretas, outras 10 regiões foram classificadas em vermelho, com alto risco para a covid-19: Bagé, Pelotas, Santa Rosa, Ijuí, Santa Maria, Uruguaiana, Guaíba, Santo Ângelo, Cruz Alta e Cachoeira do Sul.
Isso significa que 68,4% da população gaúcha está em áreas com o mais alto risco possível na classificação do governo do RS. As regiões que discordarem da classificação preliminar podem enviar pedidos de reconsideração ao Estado. O mapa definitivo será divulgado na segunda-feira (22), e valerá a partir de terça (23) até a segunda seguinte (1º).
O governador afirmou ainda que as regiões em bandeira preta não devem retomar as aulas na próxima segunda-feira, como estava previsto. O protocolo original prevê que atividades presenciais em instituições de ensino não aconteçam em áreas com risco altíssimo para contágio e transmissão do coronavírus, o que pode ser alterado pelo sistema de cogestão.´ um quadro bastante crítico que nós estamos vivendo. A educação é algo importante que nós prezamos e nós defendemos a volta às aulas. mas na situação crítica que estamos observando, especialmente nestas regiões, fica suspensa a atividade escolar presencial.
Há a possibilidade ainda de ser suspenso o sistema de cogestão, pelo qual as prefeituras de cada região podem chegar a um acordo e adotar protocolos da bandeira imediatamente anterior. O governo deve avaliar essa possibilidade em reunião com a Famurs prevista para a próxima segunda-feira (22).