O Banco Central (BC) anunciou, nesta quarta-feira, que lança a nota de R$ 200 no fim do mês de agosto. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a cédula, que vai ter como personagem o lobo-guará, animal da fauna brasileira ameaçado de extinção.
A previsão é que sejam impressas 450 milhões de cédulas de R$ 200 ainda neste ano com um custo de R$ 113,4 milhões. De acordo com o BC, o valor de circulação de nova nota vai ser de, aproximadamente, US$ 39.
O tamanho da nova cédula e os demais elementos de segurança só serão revelados no dia do lançamento oficial. “Essa é uma boa pratica internacional de bancos centrais, tendo em vista questões de segurança”, afirmou a diretora de administração do BC, Carolina de Assis Barros. Ela garante que a nota vai ter “elementos robustos de segurança”.
Atualmente há notas de R$ 2, R$ 5, R$ 10, R$ 20, R$ 50 e R$ 100. Duas famílias de notas valem no país, a segunda criada para agregar elementos gráficos e elementos mais modernos anti-falsificação.
A diretora do BC nega que colocação da nova cédula no mercado esteja relacionada com uma perspectiva de desvalorização do real. “Nós estamos em um país que se vale do sistema de metas para o combate à inflação. Neste momento, nossa inflação é baixa, estável e nossas expectativas estão ancoradas. O que temos é somente uma ação preventiva”, analisou.
O BC vem recolhendo as notas da primeira família conforme sofrem desgaste e, assim, gradativamente, as notas da segunda família vão se tornando predominantes. As cédulas são caracterizadas por exibir a efígie da República de um lado e animais da fauna nacional de outro.
A diretora de administração do BC explica que a escolha do lobo-guará para ilustrar as cédulas de R$ 200 se deu a partir da mesma pesquisa conduzida em 2001 que determinou a escolha da tartaruga marinha para as cédulas de R$ 2 e do mico-leão-dourado para as de R$ 20. “O terceiro animal mais votado foi o lobo-guará”, revelou Carolina.
A primeira família do real saiu em 1994, ao substituir o cruzeiro real. A segunda família, lançada em 2010, representa a evolução do real.