Terça-feira, 10 de Setembro de 2024
Telefone: (55) 3327 1071
Whatsapp: 55 3327 1071
Curta nossa página no Facebook:
Clique para Ouvir
Tempo nublado
30°
18°
20°C
Salto do Jacuí/RS
Tempo nublado
Tempo nublado
30°
18°
20°C
Arroio do Tigre
Tempo nublado
Ao Vivo:
Notícias

Candidato do governo e de Alcolumbre, Rodrigo Pacheco é o novo presidente do Senado

Candidato do governo e de Alcolumbre, Rodrigo Pacheco é o novo presidente do Senado
Jefferson Rudy
01.02.2021 20h17  /  Postado por: Reportagem

Pacheco conquistou o apoio não só dos bolsonaristas, mas de partidos de oposição, como PT e PDT. Em relação às bancadas, venceria em ao menos 15 Estados, segundo as projeções — a votação é secreta.

A principal candidata rival, Simone Tebet (MDB-MS), perdeu força na última semana depois que seu próprio partido deixou de apoiá-la.

Com formação em Direito, Pacheco prometeu agir com independência em relação ao Planalto e fez um discurso de pacificação. Nos bastidores, a vitória era dada como certa antes mesmo da votação sigilosa. Católico, ele está no primeiro mandato como senador e presidirá o Senado até fevereiro de 2023

Rodrigo Pacheco nasceu em Porto Velho (RO), mas se elegeu por Minas Gerais, onde a família é dona de empresas de transporte rodoviário. Em dezembro de 2020, emplacou um assessor de seu gabinete como diretor da Agência Nacional de Transportes (ANTT) – órgão que tem como atribuição regular empresas de sua família. A indicação, conforme o Broadcast revelou, foi questionada por violar a Lei de Agências Reguladoras e ainda não passou pelo plenário. Como presidente, ele será responsável por pautar ou devolver a indicação.

Uma série de acordos articulados por Pacheco para cargos na cúpula do Senado e comissões fizeram o MDB rifar Simone Tebet, que acabou se lançando na disputa como candidata avulsa. Na última hora, Major Olimpio (PSL-SP), Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Lasier Martins (Pode-RS) retiraram as candidaturas para apoiar a emedebista. A eleição para os demais cargos na Mesa vai ocorrer nesta terça-feira (2). PSD e MDB disputam a 1ª vice-presidência.

Expoente do baixo clero, Alcolumbre tentou costurar nos bastidores uma saída jurídica para permitir a sua candidatura à reeleição do Senado, mas viu as pretensões serem frustradas há dois meses com o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que barrou a possibilidade de recondução ao cargo na cúpula do Congresso durante a mesma magistratura.

O senador deixa o cargo sem dar entrevistas exclusivas à imprensa nem deixar um legado em sua gestão. Também paralisou as comissões, inclusive o Conselho de Ética, e fracassou na tentativa de emplacar o irmão, Josiel Alcolumbre, no comando da prefeitura de Macapá. Agora, negocia presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para continuar com influência na agenda do Senado.

A votação pelo comando do Senado e da Câmara marca a disputa política mais importante do ano, que vai definir a agenda legislativa do país pelos próximos dois anos, influenciar a votação de reformas do governo, preparar o terreno da corrida eleitoral de 2022 e redesenhar as relações do Congresso com o governo Bolsonaro e o Supremo. Também cabe ao presidente do Senado decidir sobre pedidos de impeachment contra ministros do STF e articular nomeações para agências reguladoras – e integrantes do próprio Supremo.

Em discurso no plenário, Pacheco voltou a falar do auxílio emergencial, pago a trabalhadores informais e desempregados em 2020. Há pressão para renovação do benefício neste ano, em função do avanço da covid-19 e do atraso na vacinação. O senador afirmou que, “a despeito do teto de gastos”, que limita o crescimento das despesas federais, é preciso reconhecer o “estado de necessidade” no País.

Comente essa notícia
Receba nosso informativo
diretamente em seu e-mail.