Agricultor gaúcho está plantando safra mais cara em função do dólar
No que depender do dólar, 2018 deverá ser lembrado como um ano em que os custos chegaram a patamares históricos. A inflação do agronegócio, medida pela Federação da Agricultura do Estado (Farsul), mostra que, impulsionados pelas cotações da moeda americana, os gastos com a próxima safra cresceram: 3,68% só em setembro. As informações são de GaúchaZH.
A variação cambial voltou a ter reflexos nos custos de produção do agronegócio gaúcho. A economista Daniele Guimarães, do Assessoria Econômica do Sistema Farsul, destaca que o aumento dos fertilizantes, fretes e combustíveis estão impactando as despesas dos produtores.
No acumulado em 12 meses, a alta é a maior desde 2015. É verdade que os preços recebidos ficaram maiores, mas o que preocupa é o fato de que a produção vendida neste ano é a do ciclo passado, enquanto que o desembolso é para a colheita do ano que vem.
Os bons valores da comoodites em reais foram resultado da relação com o câmbio e dos prêmios, mas não há garantia de que essas condições se manterão em 2019, na hora da venda.
– Estamos plantando a safra mais cara, e poderá ficar ainda mais, porque os preços de combustíveis estão em alta – diz Antônio da Luz, economista-chefe do Sistema Farsul.
Pesou muito em setembro o aumento dos fertilizantes, de 38%. O produto ficou mais caro em dólar e ainda mais em reais.
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