Acidente com carroça deixa menino ferido e sacrifício do cavalo gera polêmica em Candelária

Um acidente com uma Kombi, com placas de Estrela, e uma carroça deixou um menino de 14 anos com ferimentos leves no começo da noite desta sexta-feira (22). Conforme os Bombeiros Voluntários de Candelária, o menino estava na carroça, com mais outra pessoa. As informações são do Portal Arauto.
A carroça teria ingressado na via, momento em que a Kombi, com sete pessoas, colidiu no cavalo. O acidente ocorreu no KM 140, da RSC-287, entre os trevos de acesso ao Bairro Marilene e a entrada para Sobradinho.
O jovem foi encaminhado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ao hospital. As pessoas que estavam na Kombi não se feriram. O cavalo teve fratura exposta em uma pata e teve que ser sacrificado.
Sacrifício do cavalo gera polêmica
Matéria do portal “O Correio” diz que um vereador de Porto Alegre, Rodrigo Maroni, está repercutindo em seu perfil em uma rede social uma denúncia que chegou até o vereador, de que a prefeitura de Candelaria teria orientado matar o cavalo atropelado a marretadas.
“Peço com todo coração que liguem muito e compartilhem esse vexame da espécie humana”, exalta Maroni na publicação.As informações dos Bombeiros Voluntários davam conta de que populares mataram o animal a pauladas após autorização do seu dono. Uma carta que teria trecho escrito pelo proprietário atestaria a versão.
Dois veterinários fizeram avaliação no animal e a recomendação foi pela eutanásia. No entanto, os profissionais não tinham a medicação necessária. Os agentes da Polícia Rodoviária não teriam conseguido autorização superior para sacrificar o cavalo com um tiro. Depois de cerca de três horas, o animal agonizava e era contido por cordas. Acabou morto a pauladas por populares com autorização do seu proprietário.
A prefeitura de Candelária divulgou nota:
Nota de Esclarecimento
O Município de Candelária/RS, representado por seu Prefeito Municipal, vem a público esclarecer os fatos alusivos à morte do cavalo de pelagem gateada (de muitas variações), ocorrida às margens da RSC 287, por volta das 19 horas do dia 22 de setembro de 2017, e manifestar-se contrário aos atos praticados por populares, bem como os comentários ofensivos lançados em relação ao fato.
Primeiramente, o Município de Candelária/RS esclarece que, diferentemente do que vem sendo veiculado nas redes sociais e comentários realizados por populares, o Prefeito Municipal de Candelária/RS sequer tomou conhecimento do ocorrido e, portanto, não autorizou tal prática cruel contra o animal.
O veterinário do Município, por sua vez, foi localizado pela Organização não Governamental de Proteção aos Animais, em sua residência, vez que se encontrava fora do horário de expediente, e se dirigiu, voluntariamente, ao local do acidente, a fim de constatar o estado de saúde do animal, ainda que esta ação não se enquadrasse nas atribuições do cargo de veterinário de inspeção sanitária que ocupa perante o Ente Público Municipal.
Tendo o veterinário do Município verificado que o bem-estar do animal estava comprometido de forma irreversível, este sugeriu apenas e tão somente a prática de eutanásia química ou por arma de fogo do mesmo, conforme prevê a Resolução nº 1000/2012 do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), e comunicou o proprietário de que deveria tomar as devidas providências nesse sentido.
Conforme referido, em nenhum momento o Prefeito ou o veterinário do Município de Candelária/RS autorizaram a execução, a pauladas, do animal. A atitude, cruel, foi tomada por populares que estavam presentes no local.
Assim, a Administração Pública Municipal de Candelária/RS, que não compactuou com tais atos de violência, repudia os atos de crueldade que foram praticados contra o animal e os comentários ofensivos lançados em relação ao fato.