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Comércio

“Não há evidências que é no comércio que as pessoas estão se contaminando”, diz presidente da Fecomércio

01.07.2020 16h55  /  Postado por: Redação

O presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), Luiz Carlos Bohn, gravou um vídeo para o governador do RS, Eduardo Leite, manifestando posição contrária às restrições para o comércio previstas na bandeira vermelha no Plano de Distanciamento Social. Nessa semana, um ofício também foi enviado ao governo solicitando ajustes às restrições previstas na bandeira vermelha e uma investigação sobre como estão ocorrendo as novas contaminações pela Covid-19. No entendimento da Federação, a proibição a grande parte do comércio a partir da bandeira vermelha não leva em consideração todas as medidas que o setor vem tomando para prevenir a disseminação do novo coronavírus.

No documento, a Fecomércio-RS alerta que os comerciantes estão sendo duramente penalizados mesmo sem a comprovação de que contaminações estejam ligadas ao setor, o que acarreta o aprofundamento da crise econômica que já fechou 90 mil postos de trabalho e resultou na suspensão ou redução de 500 mil contratos de trabalho nos meses de março e abril no estado. De março a maio, 123 mil pessoas perderam o emprego, segundo disse Bhon em entrevista ao Repórter Geração nesta quarta-feira, 01.

“Concomitantemente à reabertura de estabelecimentos nas últimas semanas, observamos a ocorrência de diversas aglomerações e reuniões sociais que nada têm a ver com o funcionamento de empresas. É bastante razoável supor que esses eventos, que poderiam ser controlados e reprimidos a um custo econômico muito menor do que com o fechamento de empresas, sejam responsáveis pelo aumento de contaminações”, observa Luiz Carlos Bohn, destacando ainda que “não há evidências que é no comércio que as pessoas estão se contaminando”

A Fecomércio-RS avalia que, na bandeira vermelha, uma restrição a 25% da capacidade de atendimento, sem diferenciação específica para o número de funcionários, seria uma medida mais razoável para o controle da pandemia, aliada a um maior rigor na fiscalização das aglomerações em outros ambientes. A entidade solicita ainda que seja feito um estudo sobre como estão ocorrendo as contaminações, para que as ações de combate à pandemia sejam mais eficazes e não prejudiquem injustamente um setor que está tomando todos os cuidados indicados para a prevenção da doença.

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